RESUMO
As conseqüencias do uso de goma de mascar têm despertado interesse, tendo em vista seu grande consumo pela população jovem, principalmente as crianças. Como outros tipos de confeitos, elas contêm açúcares, que sob a ação dos microrganismos no biofilme dentário se transformam em ácidos, desmineralizando a superfície do esmalte dental, no processo de desenvolvimento da cárie. Como é sabido, o açúcar é imediatamente fermentado na saliva e no biofilme dentário. Quando são empregados polióis (sorbitol, manitol e xilitol) como substitutos calóricos da sacarose, a degradação não é tão rápida, diminuindo drasticamente o efeito deletério. Assim, quando o hábito estiver presente e for de difícil controle, devem ser indicadas as gomas de mascar adoçadas com polióis, que funcionarão como coadjuvantes de outras medidas preventivas de cárie dentária. O objetivo deste trabalho foi avaliar o consumo de gomas de mascar entre 205 crianças de uma comunidade escolar, relacionando os dados obtidos com o quefoi descrito na literatura em relação a sua influência sobre o fluxo salivar, o pH do biofilme dentário e, conseqüentemente, sua cariogenicidade. Foi realizada revisão bibliográfica realcionada às áreas de odontopediatria e cariologia. Questionários foram distribuídos a 205 crianças, de sete a 10 anos de idade, de ambos os gêneros, matriculadas em escola pública do município de Conselheiro Lafaiete (MG). Os resultados demostraram que a maioria absoluta das crianças consome gomas de mascar, utilizando, principalmente, as gomas convencionais adoçadas com sacarose. A maior freqüência diária de utilização foi de uma vez por dia, o que correspondeu a 62,8 por cento de amostra.
